Objetivo:
Iniciar o estudo sobre a sabedoria que vem do alto.
Material:
01
caixa
Nome
SABEDORIA digitado
Envelopes
pequenos(quantidade depende do número de alunos)
Papel
pequeno com o versículo de Tg 3.17 digitado(01 para cada envelope)
01
pincel atômico ou um marcador para quadro branco
01
cartolina ou um quadro branco
Procedimento:
Antes
da realização da dinâmica:
Organizar
o material da seguinte forma:
Colar
o nome SABEDORIA fora da caixa
Colocar
o versículo de Tg 3.17 dentro de cada envelope
Colocar
os envelopes dentro da caixa
Momento
de realização da dinâmica:
-
Falem: Já conhecemos a história de Salomão quanto a um pedido dele a Deus.
O
que ele pediu? O que ele recebeu?
Aguardem
as respostas.
-
Para referenciar as respostas dos alunos leiam I Reis 3. 9 a 12:
“A
teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que
prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este
teu tão grande povo?
E
esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, de que Salomão pedisse isso.
E
disse-lhe Deus: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem
pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos; mas pediste para
ti entendimento, para discernires o que é justo;
Eis
que fiz segundo as tuas palavras; eis que te dei um coração tão sábio e
entendido, que antes de ti igual não houve, e depois de ti igual não se
levantará”.
-
Em seguida, peguem a caixa com o nome “Sabedoria”, entreguem para um aluno. Peçam
para que ele fique em pé diante da turma.
-
Depois, peçam para outro aluno ler Tg 1.5:
“E,
se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá
liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada”.
-
Quando o aluno estiver lendo a parte do versículo “...peça a Deus...”, apontem
para o aluno que está com a caixa.
Aguardem
que os alunos peçam sabedoria, o aluno que está com a caixa deve distribuir
“sabedoria” apenas para quem pediu. Se ninguém percebeu que deve pedir, o
versículo deve ser lido novamente, até que pelo menos alguns peçam.
-
Falem: Salomão fez um pedido sábio, vocês também!
-
Depois, os alunos devem abrir o envelope e ler seu conteúdo:
“Mas
a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável,
cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia”.
Tiago 3:17
-
Depois, escrevam no quadro as 08 características da sabedoria que Deus nos
concede. Vocês devem escrever à medida que os alunos citarem cada uma delas.
-
Para finalizar, falem: É sobre esta sabedoria que vamos estudar na aula de
hoje.
Refletir sobre as influências positivas
e negativas das amizades.
Material:
½ folha de papel ofício para cada aluno e caneta.
Procedimento:
- Organizem os alunos em
círculo.
- Distribuam a metade da folha
de papel ofício para cada aluno.
- Falem que, usando este
papel, eles deverão pegar a maior quantidade de autógrafos dos colegas, em
apenas 01 minuto.
- Terminado o tempo
estipulado, peçam para que os alunos contem a quantidade de autógrafos.
Aguardem as respostas.
- Depois, questionem:
É importante ter uma grande
quantidade de amigos?
Os autógrafos pertencem a
colegas que vocês têm amizade e/ou apenas se cumprimentam?
Qual a qualidade das amizades
que eles têm na escola, na igreja, onde moram? São positivas? Há influência
negativa?
- Agora, façam uma relação
destas respostas com o provérbio “Diz-me com quem andas, que te direi que és”.
Não se esqueçam de alertar os
alunos sobre o oferecimento de drogas, participação em grupos que fazem atos de
vandalismo, sexo livre etc, que é muito comum em alguns grupos dentro das
escolas.
- Para concluir, leiam:
I Co 15.33 “Não vos enganeis: as más
conversações corrompem os bons costumes”.
Pv 13.20 “Anda com os sábios e serás sábio,
mas o companheiro dos tolos será afligido.”
Ideia original da sessão de
autógrafos desconhecida.
Papéis
com o nome RÉU para cada aluno de um lado do papel; do outro lado do mesmo
papel deve estar escrito “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus”(Romanos 3:23).
Papel
com o nome ACUSADOR
Papel
com o nome ADVOGADO DE DEFESA
Papel
com o nome JUIZ
Papel
com a seguinte afirmação “Eu declaro o homem inocente, pois foi justificado por
Jesus”.
Procedimento:
-
Escolher 04 alunos para representar o RÉU, ACUSADOR, ADVOGADO DE DEFESA e JUIZ.
-
Os demais alunos recebem um papel com o nome RÉU, atrás deve estar escrito o
versículo, conforme descrição no item material.
-
Aparece o aluno que representa o acusador, acusando o homem do seu pecado.
-
Em seguida, vem o aluno representando Jesus como advogado, defendendo o réu(o
homem) e fala que morreu no lugar dele para que tivesse perdão de seus pecados.
-
Por fim aparece o aluno que representa Deus e ler a sentença dele como juiz,
declaro o homem inocente, pois foi justificado por Jesus.
-
Em seguida, iniciem o estudo sobre a justificação.
Objetivo:
Refletir sobre a transformação que ocorre na vida daquele que recebe a
salvação, através do Novo Nascimento.
Material:
01
porção de milho de pipoca
01
porção de pipoca
Alguns
piruás(grãos que não estouraram)
01
porção de óleo
01
cópia do texto “Milho de pipoca”(postado abaixo)
Procedimento:
-
Falem da transformação que ocorre na vida da pessoa que passa pelo Novo
Nascimento.
-
Apresentem para os alunos uma porção de milho de pipoca e outra de pipoca.
-
Perguntem: Vocês fazem ideia o que acontece com o milho para que ele se
transforme em pipoca?
Aguardem
as respostas. Certamente os alunos vão falar que após colocar o milho numa
panela com óleo e com ação do fogo os grãos estouram.
-
Falem: Este processo de transformação do grão duro em pipoca macia pode ser
comparado ao estado de mudança que ocorre na vida de quem goza da salvação,
libertando da casca dura do pecado, que o aprisionava para uma vida de alegria
na presença de Deus, com ações e pensamentos mudados.
-
Distribuam o texto “Milho de Pipoca”(postado abaixo) para cada aluno e leiam.
-
Depois, apresentem o piruá, aquele grão que não estourou.
-
Falem: Este grão é semelhante as pessoas que não aceitam a salvação e, dessa
forma, não passam pelo processo de transformação.
-
Agora, falem sobre:
O
óleo e o fogo, símbolos do Espírito Santo, podem representar a atuação dEle na
vida da pessoa que recebe a salvação.
O
barulho pode representar a alegria da transformação.
-
Leiam o versículo abaixo e falem que ele enfatiza as novas atitudes e
pensamentos que devem pautar a vida do cristão.
“Quanto
ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é
justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há
alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4:8).
-
Para concluir, distribuam 01 saco de pipoca para os alunos.
Por
Sulamita Macedo.
Texto
Milho de Pipoca
Milho de pipoca que não passa pelo
fogo continua a ser milho para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes
transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo,
fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e de uma dureza
assombrosas. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é melhor.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança
numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um
amor, um filho, o pai, a mãe, o emprego ou ficar pobre. Pode ser o fogo de
dentro: pânico, medo, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio:
apagar o fogo! Sem fogo, o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da
grande transformação também. Imagino que a pobre pipoca, dentro da panela
fechada, cada vez mais quente, pense que chegou a sua hora: vai morrer.
Dentro da sua casca dura, fechada em
si mesma, não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a
transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo do
que é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande
transformação acontece: BUM! E ela aparece como outra coisa completamente
diferente, algo que nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de
pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o
fogo esquente, recusam-se a mudar. A presunção e o medo são a casa dura do
milho que não estoura. No entanto, o
destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar
na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria a ninguém.
A história de Nadabe e Abiú faz-nos uma séria advertência: Deus não se deixa escarnecer (Gl 6.7). Nesta lição, veremos que esses dois obreiros, apesar de todos os privilégios de que desfrutavam junto à congregação de Israel, não honraram o seu ministério. Antes, ignorando a recomendação de Moisés, ofereceram fogo estranho ao Senhor. E, no mesmo instante, foram exterminados pelo Deus que não se deixa zombar por homem algum.
Como temos nos apresentado diante do Senhor? Enquanto avançamos neste estudo, respondamos a esta pergunta com temor e tremor, pois Deus não mudou. Ele está a exigir santidade, pureza e reverência de cada um de seus filhos, principalmente dos que fazem parte do santo ministério da Palavra.
Gálatas 6.7
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.
I – OS PRIVILÉGIOS DE NADABE E ABIU
Não basta pertencer a uma família tradicional de obreiros para usufruir da graça divina. É necessário, antes de tudo, ter uma vida de íntima comunhão com Deus. Vejamos, pois, a ascendência de Nadabe e Abiú, e o seu conhecimento da glória divina.
1. Ascendência levítica.
Nadabe e Abiú pertenciam à tribo de Levi, que fora honrada com o sacerdócio divino (Nm 3.1-12). Os homens dessa tribo eram contados entre as primícias do Senhor. O próprio Deus havia dito: “Os levitas serão meus” (Nm 3.12). Por conseguinte, os descendentes de Levi eram vistos como os nobres entre os nobres de Israel.
Professor, na nossa leitura bíblica em classe (Lv 10.1-10) deparamos com a narração dos fatos que levou a morte os sacerdotes Nadabe e Abiú filhos do sumo sacerdote Arão. Se em Levítico somos esclarecidos com mais detalhes sobre a morte de Nadabe e Abiú, no texto abaixo, sugerido pelo comentarista da revista, nos deparamos com a genealogia de Nadabe e Abiú, a confirmação de seus cargos como sacerdotes, e a orientação sobre os cuidados que deveriam serem tomados no ministério do tabernáculo, vejamos :
Números 3.1-12
1 - E estas são as gerações de Arão e de Moisés, no dia em que o Senhor falou com Moisés no monte Sinai.
2 - E estes são os nomes dos filhos de Arão: o primogênito, Nadabe; depois, Abiú, Eleazar e Itamar.
3 - Estes são os nomes dos filhos de Arão, dos sacerdotes ungidos, cujas mãos foram sagradas para administrar o sacerdócio.
4 - Mas Nadabe e Abiú morreram perante o Senhor, quando ofereceram fogo estranho perante o Senhor no deserto do Sinai, e não tiveram filhos; porém Eleazar e Itamar administraram o sacerdócio diante de Arão, seu pai.
5 - E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
6 - Faze chegar a tribo de Levi e põe-na diante de Arão, o sacerdote para que o sirvam,
7 - e tenham cuidado da sua guarda e da guarda de toda a congregação, diante da tenda da congregação, para administrar o ministério do tabernáculo.
8 - e tenham cuidado de todos os utensílios da tenda da congregação e da guarda dos filhos de Israel, para administrar o ministério do tabernáculo.
9 - Darás, pois, os levitas a Arão e a seus filhos; dentre os filhos de Israel lhes são dados em dádiva.
10 - Mas a Arão e a seus filhos ordenarás que guardem o seu sacerdócio, e o estranho que se chegar morrerá.
11 - E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
12 - E eu, eis que tenho tomado os levitas do meio dos filhos de Israel, em lugar de todo o primogênito que abre a madre, entre os filhos de Israel; e os levitas serão meus.
É importante enfatizar alguns pontos para seus alunos : 1) Todo sacerdote tinha que pertencer a tribo de Levi 2) Nem todos levitas eram necessariamente ungidos a sacerdote. 3) Os levitas se apresentavam para os serviços ao completar 25 anos de idade 4) Provavelmente, eles recebiam cinco anos de treinamento prático 5) Eram admitidos ao serviço completo aos 30 anos 6) Deus escolheu todos os homens da tribo de Levi para substituir os primogênitos de cada tribo israelita (Nm 3.40-41), lembrando que na primeira páscoa (Êx 13.2) os primogênitos de cada família israelita eram separados para ajudarem Moisés e Arão a ministrarem às pessoas.
Números 3.40-41
40 - E disse o Senhor a Moisés: Conta todo primogênito varão dos filhos de Israel da idade de um mês para cima e toma o número dos seus nomes.
41 - E para mim tomarás os levitas (eu sou o Senhor) em lugar de todo primogênito dos filhos de Israel ...
2. Ascendência araônica.
Além de pertencerem à tribo de Levi, Nadabe e Abiú provinham da família de Arão, escolhida por Deus para exercer o sumo sacerdócio (Êx 6.23; 28.1). Era o ofício mais honroso de todo o Israel. Nem os reis podiam exercê-lo (2 Cr 26.18). De acordo com a genealogia de Arão, Nadabe e Abiú eram os sucessores imediatos do pai nesse glorioso ministério.
3. Participantes da glória de Deus.
Quando o Senhor outorgou a Lei a Israel, por intermédio de Moisés, lá estavam Nadabe e Abiú juntamente com os mais destacados anciãos de Israel (Êx 24.1). E, ali, no monte sagrado, presenciaram a manifestação da glória divina (Êx 24.9,10). Além disso, foram testemunhas oculares da aliança que o Senhor firmara com os filhos de Israel (Êx 24.8). Enfim, Nadabe e Abiú tiveram o privilégio de testemunhar o estabelecimento do pacto entre Deus e o seu povo.
II – FOGO ESTRANHO NO ALTAR
Três atitudes marcaram o ato leviano e inconsequente de Nadabe e Abiú: ignoraram a Deus, impacientaram-se e, sem qualquer temor, apresentaram fogo estranho no altar sagrado.
"E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um seu incensário, e puseram neles fogo, e puseram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram perante o Senhor" (Lv 10.1-2).
Alguns irmãos, como Caim e Abel ou Jacó e Esaú, colocaram uns aos outros em apuros. Os irmãos Nadabe e Abiú tiveram problemas juntos.
Embora pouco se saiba sobre seus primeiros anos, a Bíblia nos dá uma abundância de informações sobre o ambiente em que eles cresceram. Nascidos no Egito, foram testemunhas oculares dos atos poderosos de Deus no Êxodo.
Eles viram seu pai Arão,seu tio Moisés, e sua tia Miriã em ação muitas vezes. Eles tinham conhecimento em primeira mão sobre a santidade de Deus como poucos homens já tiveram, e pelo menos por um tempo, seguiram a Deus de todo o coração (Lv 8.36). Mas em um momento crucial, eles decidiram tratar as claras instruções de Deus com indiferença. A consequência de seu pecado foi ardente, imediata e chocante para todos.
Corremos o risco de cometer o mesmo erro desses irmãos quando tratamos a justiça e a santidade de Deus de maneira leviana. Devemos nos aproximar do Senhor à medida que percebemos que temos um temor apropriado de Deus. Não se esqueça de que a oportunidade de conhecer a Deus pessoalmente está baseada no seu convite gracioso para um povo que nunca é digno deste; esta dádiva não é algo que deva ser encarado como algo garantido ou comum. Seus pensamentos a respeito de Deus incluem um reconhecimento da sua grande santidade ?
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - Pág.215).
1. Ignoraram a Deus.
Ao adentrarem o lugar santo, Nadabe e Abiú ignoraram a presença de Deus, pois o Senhor encontrava-se não somente no Tabernáculo como em todo o arraial de Israel (Êx 25.8; Nm 14.14). O Deus onipresente não se limita ao Santo dos santos, mas se deleita com a presença de seus queridos e amados santos.
Êxodo 25.8 E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.
Números 14.14
E o dirão aos moradores desta terra, que ouviram que tu, ó Senhor, estás no meio deste povo, que face a face, ó Senhor, lhes apareces, que tua nuvem está sobre eles e que vais adiante deles numa coluna de nuvem de dia e numa coluna de fogo de noite.
2. Impaciência profana.
De acordo com as instruções que o Senhor, através de Moisés, transmitira aos filhos de Israel, somente o sumo sacerdote estava autorizado a oferecer o incenso no altar de ouro (Êx 30.7-9). Todavia, observa-se que ambos, ignorando tal preceito, entraram no lugar sagrado e trouxeram um fogo que Deus não ordenara. As coisas de Deus não podem ser tratadas profanamente. Nadabe e Abiú precipitaram-se e não souberam esperar a hora de se colocarem no altar.Enfatize para seus alunos que somente o sumo sacerdote estava autorizado a oferecer o incenso no altar de ouro, Nadabe e Abiú eram sacerdotes, trataram os mandamentos diretos de Deus levianamente, e este pecado teve consequência mortal.
Êxodo 30.7-9 E Arão sobre ele queimará o incenso das especiarias; cada manhã, quando põe em ordem as lâmpadas, o queimará. E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o queimará; este será incenso contínuo perante o Senhor pelas vossas gerações. Não oferecereis sobre ele incenso estranho, nem holocausto, nem oferta; nem tampouco derramareis sobre ele libações.
3. Apresentaram fogo estranho ao Senhor.
Não bastava ter o incenso prescrito pelo Senhor; era imperioso ter igualmente a brasa certa, para que Deus fosse dignamente adorado (Êx 30.9; Lv 16.12). Se o incenso era exclusivo, a brasa também o era (Êx 30.37). Mas, pelo contexto da narrativa sagrada, Nadabe e Abiú não estavam preocupados nem com o incenso, nem com o fogo. Por isso, o Senhor veio a fulminá-los diante do altar.
Os filhos de Arão “trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor” (Lv 10.1). Notemos que após Moisés, Arão e seus filhos obedecerem às ordenanças do Senhor contidas nos capítulos 8 e 9, a glória do Senhor se manifestou e o fogo veio da parte do Senhor e todo o povo jubilou (Lv 9.23-24). Porém, quando Nadabe e Abiú não agiram de acordo com as leis de Deus, “saiu fogo de diante do Senhor” (Lv 10.2), e eles morreram.(Revista Betel Dominical - Editora Betel - 1 Trimestre - 2018).
Levítico 10:1 Qual foi o "fogo estranho" que Nadabe e Abiú ofereceram diante do Senhor ?
O fogo sobre o altar de holocausto nunca se extinguia (Lv 6:12-13), o que implica que este altar era santo. É possível que Nadabe e Abiú tenham levado ao altar brasas de fogo de um outra fonte, fazendo com que o sacrifício se tornasse profano. Também tem sido sugerido que os dois sacerdotes fizeram uma oferta em um momento não prescrito. Seja qual for a explicação correta, o ponto é que Nadabe e Abiú abusaram da sua posição como sacerdotes em um ato de flagrante desrespeito a Deus, que tinha acabado de revisar precisamente com eles como deveriam conduzir a adoração. Como lideres, eles tinham uma responsabilidade especial de obedecer a Deus. Em sua posição eles poderiam facilmente conduzir muitas pessoas ao erro. Se Deus comissionou você para liderar ou ensinar outras pessoas, nunca considere este papel como garantido nem abuse dele. Permaneça fiel a Deus e siga as instruções dele.
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pág.214)
Levítico 10:2
Os filhos de Arão foram descuidados em relação a seguir as leis sacrificiais. Como resposta, Deus os destruiu através de uma labareda de fogo. Realizar os sacrifícios era um ato de obediência. Fazê-lo corretamente mostrava respeito por Deus. É fácil nos tornarmos descuidados com relação à nossa obediência a Deus, viver da nossa maneira ao invés da maneira como Deus quer que vivamos. Se nossa maneira fosse tão boa quanto a de Deus, Ele não teria ordenado que vivêssemos da sua maneira.
Ele sempre tem boas razões para seus mandamentos, e nós sempre nos colocamos em perigo quando os desobedecemos de forma consciente ou descuidada.
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pág.214)
O Altar de Incenso
O Tabernáculo e o Templo continham dois altares: um para a queima de sacrifícios e outro para a queima de incenso. O Altar de incenso estava colocado diante do véu, entre o santuário e o Lugar Santíssimo (o santuário interior). Ele era feito de madeira de cedro, e coberto de ouro (1Rs 6.20-22); media aproximadamente 46 centímetros de lado e 90 centímetros de altura. Este Altar era usado para queimar incenso, diante do véu. O incenso que era queimado simbolizava as orações do povo de Deus, subindo ao Senhor (Lc 1.10-11; Ap 8.3-4). No Templo celestial, também há um altar de incenso (Ap 6.9; 8.5; 9.13). Na próxima vez em que você orar, pense nas suas orações subindo até Deus, como incenso.
III – LUTO NO SANTO MINISTÉRIO
A morte de Nadabe e Abiú abalou profundamente a casa de Arão. Apesar de haver perdido, num único dia, dois de seus filhos, ele foi proibido pelo Senhor de observar qualquer luto pelos mortos.
1. A morte de Nadabe e Abiú.Ao se apresentarem com fogo estranho diante do Senhor, os filhos de Arão, que também eram ministros do altar, foram consumidos no lugar santo (Lv 10.2). Pelo que observamos do texto sagrado, Deus os matou pelo fato de eles não terem levado em conta a santidade divina (Lv 10.3). A obrigação deles era glorificar o nome do Senhor, mas preferiram buscar a própria glória. Diante do fato, o sumo sacerdote de Israel calou-se. Não poderia haver momento mais trágico para a sua família.
Vídeo : Porque Nababe e Abiú morreram ? Tempo : 5 minutos
2. A remoção dos cadáveres.
Moisés, então, ordena a dois primos de Arão, Misael e Elzafã, a removerem os cadáveres da Casa de Deus (Lv 10.4). No episódio de Ananias e Safira, os corpos de ambos foram levados para fora por alguns jovens da igreja recém-inaugurada pelo Espírito Santo (At 5.1-11).
3. O luto é proibido.
Apesar da tragédia que se abateu sobre a sua família, Arão é proibido pelo Senhor de guardar luto ou demonstrar tristeza (Lv 10.6,7). Ele e seus filhos deveriam suportar, com santa discrição, aquela hora tão difícil. Afinal, era seu dever zelar pela santidade e glória do nome do Senhor dos Exércitos.
Certos tipos de “luto” servem apenas para enfraquecer o povo de Deus e levá-lo à dispersão (2 Sm 19.1-7). Às vezes, temos de suportar o insuportável, a fim de preservar a Igreja de Cristo. Ela está acima de nossa dor.
CONCLUSÃO
Devemos ter cuidado com a forma como nos apresentamos diante de Deus. O culto ao Senhor deve ser santo, reverente e verdadeiro. Portanto, chega de liturgias bizarras, cultos mundanos, teologias permissivas e costumes que ferem a Palavra de Deus. Se não atentarmos à santidade e à glória divinas, não subsistiremos, pois o nosso Deus, embora seja conhecido pelo amor e bondade, é também um fogo devorador (Is 30.27). Portanto, sejamos puros e santos em toda a nossa maneira de ser, pois o Senhor não se deixa escarnecer.
PARA REFLETIR
A Respeito de “Fogo Estranho Diante de Deus”, responda:
1) Quem eram Nadabe e Abiú?Eles pertenciam à tribo de Levi e eram filhos de Arão.
2) Quais os seus privilégios?Ascendência levítica, araônica e participantes da glória de Deus.
3) Em que consistiu o pecado de ambos?Oferecer fogo estranho. Eles foram insolentes, blasfemos, sacrílegos e diabolicamente curiosos.
4) Como foram mortos?Foram consumidos no lugar santo.
5) Por que Arão não pôde observar o luto por seus filhos?Apesar da tragédia que se abateu sobre a sua família, Arão é proibido pelo Senhor de guardar luto ou demonstrar tristeza (Lv 10.6,7). Ele e seus filhos deveriam suportar, com santa discrição, aquela hora tão difícil. Afinal, era seu dever zelar pela santidade e glória do nome do Senhor dos Exércitos. Além disso, eles estavam cientes de que a alma que pecar esta morrerá (Ez 18.4,20).
BIBLIOGRAFIA
Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000 Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo, Comentarista Pr. Douglas Baptista, 2 Trimestre 2018.
Iniciar
o estudo sobre a salvação, como pagamento do resgate do homem por Jesus.
Material:
01
figura de carro, casa e objetos de uma casa
Papel
Pincel
atômico
Fita
adesiva
Procedimento:
-
Comecem perguntando qual o valor dos objetos que os alunos estão com eles
naquele momento da aula.
Anotem
as respostas num papel e coloquem ao lado de cada objeto.
-
Agora, coloquem num quadro as figuras de um carro, uma casa e objetos de uma
casa e perguntem:
Quanto
pode valer este carro?
E
a casa?
E
outros objetos da casa?
Anotem
as respostas, num papel e coloquem ao lado das figuras do carro, casa e
utensílios domésticos.
-
Perguntem: E você, quanto vale?(valor monetário)
-
Entreguem para os alunos ¼ da folha de papel ofício.
Peçam
para que eles escrevam este valor no papel, que deve ser colocado na roupa do
aluno. Peçam para que cada aluno fale quanto ele vale.
-
Depois, façam uma comparação dos preços dos objetos com o valor de uma pessoa,
no caso o valor indicado por eles para si mesmos.
-
Vocês sabem que vocês têm muito valor para Deus?
Quando
o homem pecou, ele passou a ter uma dívida muito grande para com Deus. Mas, Deus
com seu grande amor, providenciou o resgate do homem, enviando seu filho Jesus,
para pagar esta dívida, reconciliando o homem com Ele.
-
Sabem qual o preço desta dívida que foi paga por Jesus?
Então
leiam:
Rm
5.8 “Mas Deus prova seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo
nós ainda pecadores”.
I
Co 7. 23a “Fostes comprados por bom preço...”
-
Falem: Esta é a graça de Deus, um favor não merecido que nos alcançou
gratuitamente, através do sacrífico de Jesus.
“E,
quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos
vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a
cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era
contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz”(Cl 2:13,14).
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil
tem 64 mil pacientes na fila de espera por um transplante de órgãos. Dados da
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostram que 2.333 pessoas
morreram à espera de um transplante no ano de 2015. Muitas famílias ainda
rejeitam a doação por dilemas éticos e por falta de informação. Nesta lição,
veremos os pontos mais relevantes desta importante questão e concluiremos que
doar é uma expressão do amor cristão (1Jo 3.16).
PONTO CENTRAL
A doação de
órgãos expressa o amor cristão.
I -
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: CONCEITO GERAL
A doação de órgãos engloba basicamente a
técnica de transplante e as pesquisas com células-tronco adultas e embrionárias.
1. Definição de transplante.
O transplante é um procedimento cirúrgico
que consiste na remoção de um órgão enfermo do corpo humano
para ser substituído por outro saudável. Em muitos casos, o transplante é a
única alternativa da medicina para a cura de pacientes com determinadas doenças
terminais. Podem ser transplantados órgãos como o coração, o fígado, o
pâncreas, os rins, os pulmões, os tecidos e outros. O tipo mais comum de
transplante é o da transfusão de sangue. Existe também o transplante de
células-tronco que são encontradas, principalmente, na medula óssea, placenta e
cordão umbilical. Ò transplante de células-tronco adultas pode ser realizado
entre pessoas vivas e, portanto, não apresenta problemas éticos. Como a Bíblia
ensina que a vida tem início na fecundação (Jr 1.5), a ética cristã desaprova o
uso das células-tronco embrionárias, pois este procedimento interrompe vida do
embrião.
2. O conceito de doação na Bíblia.
O ensino registrado nas Escrituras
assevera que "mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (At
20.35). Isso que denota um ato voluntário de prover o bem-estar do próximo.
Trata-se de uma ação desprovida de interesse de ordem pessoal. A pobre viúva
doou na casa do Senhor todo o sustento que tinha (Mc 12.43,44).
Barnabé - o filho da consolação- sem pretensão
alguma, vendeu uma propriedade e fez doação da venda à igreja (At 4.36,37).
A excelência da doação repousa na
disposição de renunciar, e até de se sacrificar e sofrer, com base no amor
pelos outros (Rm 5.8). Doar ao necessitado é uma forma de colocar a fé em
prática (Tg 2.14-17). E ainda, a reciprocidade está presente no gesto de doar,
pois foi o Senhor Jesus que assegurou: "dai, e ser-vos-á dado" (Lc
6.38a).
3. A doação de si mesmo: pertencemos a
Deus.
Diante de tantas bênçãos recebidas e com o
sentimento de gratidão, o salmista pergunta para si mesmo: "Que darei eu
ao SENHOR por todos os benefícios que me tem feito?" (SI 116.12). Ciente
de que a essência de adorar a Deus é entregar-se a Ele, o salmista responde
para si mesmo: "tomarei o cálice da Salvação" (116.13). Esta
expressão implica renúncia total ao mundo, à concupiscência e aos desejos da
carne (1Jo 2.15-17). O Senhor Jesus ensinou que os verdadeiros discípulos devem
negar a si mesmo (Lc 9.23). Esse é o compromisso de não seguirmos a forma mundana
de viver (Rm 12.1,2), mas como servo obediente em priorizar o Reino de Deus (Mt
6.33), viver afastado do pecado e ser santo em toda a maneira de viver (1Pe
1.14-16).
SÍNTESE DO
TÓPICO l
Doar é um ato
voluntário de prover o bem-estar ao próximo. Esse ato está intrinsecamente
ligado ao nosso amor a Deus.
SUBSIDIO LEXICOGRÁFICO
1. Transplante.
O transplante de órgãos e
tecidos é uma ciência médica, que consiste na remoção de
um órgão enfermo e em sua substituição por outro que, na maioria
das vezes, procede de um cadáver. No caso dos rins e do fígado, a doação e a
recepção podem ocorrer inter vivos.
Transplantam-se órgãos inteiros,
como o coração, ou partes de um órgão, como o fígado. Transplanta-se
também pele, visando a recuperação de áreas atingidas por queimaduras
graves.
2. Xenotransplante, Além da transplantação clássica,
há outras que se encontram em fase experimental como, por exemplo, o xenotransplante:
o enxerto de órgãos animais em seres humanos. A essa transplantação dá-se
o nome também de heteróloga. [...] Trata-se de um tema bastante delicado e que
vem sendo discutido com muita expectativa e interrogações (ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras
da Ética Cristã, 1.ed. Rio de 3aneiro: CPAD, 2017, pp.122,23).
II - EXEMPLOS DE DOAÇÃO
A Palavra de Deus contém registros de
ações altruístas carregadas de amor, zelo e dedicação para com o outro.
Exemplos dignos de ser observado pelos cristãos.
1. O exemplo dos gálatas.
A igreja na Galácia foi fundada por Paulo,
quando este empreendeu sua primeira viagem missionária (47-48 d.C). Na ocasião
o apóstolo sofria de uma enfermidade não especificada na Bíblia (2 Co 12.7).
Ele escreve que orou a Deus três vezes para ser curado, mas o Senhor lhe
respondeu: "a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na
fraqueza" (2 Co 12.9a). Ao evangelizar na região da Galácia, Paulo deixou
indícios de ter sentido os efeitos da doença em sua carne (Gl 4.13) e salienta
que os gálatas não o desprezaram nem o rejeitaram (Gl 4.14).
Conjectura-se por meio desta passagem que a
enfermidade de Paulo era nos olhos, ou que a doença Lhe afetava a visão (Gl 6.11).
Indiscutível é que para expressar o amor dos irmãos, ainda que de modo
metafórico, o apóstolo fala do sentimento altruísta dos gálatas, que se
possível fora, arrancariam os próprios olhos e os doariam no intuito de
amenizar o sofrimento de Paulo (Gl 4.15).
2. O desprendimento de Paulo.
O apóstolo dos gentios é um excepcional
exemplo de doação em prol do Reino de Deus. Transbordando de amor, ele escreveu
aos Coríntios: "eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar
pelas vossas almas (2 Co 12.15). Ao retornar da terceira viagem missionária em
direção a Jerusalém, o apóstolo discursou aos anciãos de Éfeso: "Mas em
nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha
carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus" (At 20.24). Dias
depois, ao chegar em Cesareia (At 21.8), Paulo recebeu uma revelação
acerca do perigo que corria em Jerusalém (At 21.10,11). Tendo sido persuadido
pelos irmãos a recuar (At 21.12), o apóstolo constrangido declarou estar
disposto não apenas a sofrer, "mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome
do Senhor Jesus" (At 21.13). O desprendimento paulino é uma ação digna de
ser imitada pelos seguidores de Cristo (1Co 11.1).
3. A doação suprema de Cristo.
Seguramente a morte vicária de Cristo é o
maior e incontestável gesto de amor e de doação imensurável em favor do ser
humano. Quando entregou sua vida por nós, pecadores. Ele afirmou que o fez
voluntariamente: "ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou"
(Jo 10.18). As Escrituras afirmam que essa doação estava fundamentada
exclusivamente no amor, uma vez que "Deus prova o seu amor para conosco em
que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.8). Foi por
intermédio do sacrifício de Cristo, e de sua vitória sobre a morte, que fomos
resgatados de nossa vã maneira de viver (1Pe 1.18-21).
CONHEÇA MAIS
Sobre doar-se
O verdadeiro amor constrange-nos à
doação. Não é fácil a uma família tratar de semelhante assunto numa hora em que
as lágrimas são mais eloquentes do que qualquer apeio humanitário. Mas, é
justamente aí, que devemos perpetuar a vida do ente que se foi num outro ente
que, dependendo de nossa atitude, pode ficar entre nós ainda por um bom tempo.
Que as igrejas, pois, estejam preparadas a fim de auxiliar seus membros a
agirem momentos como esse." Para conhecer mais leia "As Novas
Fronteiras da Ética Cristã", CPAD, p.135.
SÍNTESE DO
TÓPICO II
A Bíblia mostra
muitos exemplos de doação, dentre os quais, todos são sombras da suprema
doação: a morte vicária de Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Infantilismos teológicos. Há crentes que
não se dispõem a doar seus órgãos, por temerem ficar incompletos quando do
arrebatamento da igreja. Afinal, como entrarão na Jerusalém Celeste sem o
coração?
Ou sem os pulmões? Ou, então,
desprovidos de rins?
Na vida futura, todavia, não
precisaremos de tais órgãos. Quando todas as coisas se consumarem, nem das
gônadas sentiremos falta, conforme sublinha o próprio Cristo: 'Pois, quando
ressuscitarem de entre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento;
porém, são como os anjos nos céus' (Mc 12.25).
Na eternidade, todos seremos perfeitos,
como perfeitos são os santos anjos. Por enquanto, necessitamos de órgãos,
tecidos, ossos e sangue em virtude de nossa fisiologia. Esta, porém, é
transitória. É o que o apóstolo Paulo deixa bem patente: 'Pois assim também é a
ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na
incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza,
ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se
há corpo natural, há também corpo espiritual' (1Co 15.42-44).
Em vez de especularmos com assuntos tão
sérios, exercitemos o amor cristão. Na vida eterna, não precisaremos mais de
coração. Então, que este venha a pulsar noutro peito. Que nossos pulmões arfem
noutro tórax. E que os rins que, hoje, nos filtram o sangue, venham a
beneficiar os que se acham presos à máquina de hemodiálise (ANDRADE, Claudionor
de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.137).
III - DOAR ÓRGÃOS É UM ATO DE AMOR
O genuíno e excelso sentimento de amor
constrange o cristão para ser doador de órgãos e de tecidos humanos.
1. O princípio da empatia e da
solidariedade.
A empatia pode ser definida como a
capacidade de sentir o que a outra pessoa está sentido, ou seja, a disposição
de colocar-se no lugar do outro. Ser solidário implica apoiar e ajudar alguém
num momento difícil. Cristo nos ensinou no Sermão do Monte: "tudo o que
vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós" (Mt 7.12).
Quando o ser humano entende o altruísmo do auxílio mútuo, os argumentos
contrários à doação de órgãos perdem o sentido e a razão.
2. O princípio do verdadeiro amor.
Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo é
o resumo da lei de Deus (Mt 22.37-40). Cristo ensinou que não existe maior amor
do que doar a sua vida ao próximo (Jo 15.13). O Salvador não doou apenas um ou
outro órgão para salvar nossas vidas. Ele entregou a sua vida por inteiro para
que não fôssemos condenados à morte eterna. João nos recorda esse ato e nos
exorta a fazer o mesmo: "Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida
por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos" (1Jo 3.16).
Portanto, doar órgãos para salvar outras vidas é um sublime ato de amor.
SÍNTESE DO
TÓPICO III
Doar órgãos está
fundamentado no princípio do verdadeiro amor e tem raízes no princípio da
empatia e da solidariedade.
SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
Esta lição dá a você a oportunidade de
fazer uma importante atividade prática. Proponha a classe a identificar irmãos
na igreja que estejam precisando de doação de sangue ou de um órgão. Proponha
que a classe organize um plano de ação para que o que estamos aprendendo na
teoria seja colocado em prática. Nessa atividade você e sua classe podem ter
uma grata surpresa: identificar pessoas, que você nem imaginava, que lutam
contra uma enfermidade séria. É um exercício de amor olhar e socorrer pessoas
que estão sofrendo bem perto de nós.
CONCLUSÃO
A doação de órgãos em vida, ou depois de
morto, é um elevado gesto de amor. Esta ação em nada contraria os preceitos
éticos ou bíblicos, exceto no caso de células-tronco embrionárias. Porém,
ninguém deve ser forçado à prática de tão nobre gesto. O ser humano não pode
ser "coisificado" e nem sua vontade pode ser desrespeitada. Doador e
receptor expressam a imagem e a semelhança de Deus (Gn 1.26).
PARA REFLETIR
A respeito do tema "Ética Cristã e
Doação de Órgãos", responda:
• O que é transplante de órgãos e de
tecidos humanos?
O transplante é um procedimento cirúrgico
que consiste na remoção de um órgão enfermo do corpo humano para ser
substituído por outro saudável.
• Por que a Ética Cristã não admite o uso
de células-troncos embrionárias?
Como a Bíblia ensina que a vida tem inicio
na fecundação (Jr 1.5), a ética crista desaprova o uso das células-tronco
embrionárias, pois este procedimento interrompe vida do embrião.
• Como você refutaria a ideia de
comercialização de órgãos e de tecidos humanos como empecilho para não doar
órgãos?
Resposta pessoal. Você não encontrará a
resposta nesta lição. Mas por se tratar de uma dúvida muito comum, a ideia é
fazer uma reflexão com os alunos. Após eles exporem a resposta, informe que a
legislação de doação de órgãos no Brasil proíbe a comercialização de órgãos com
pena de até oito anos de reclusão para quem cometer esse crime (Lei 9.434/97).
• Como você refutaria sobre a esperança do
milagre e a ressurreição do corpo como obstáculos para não fazer doação de
órgãos?
Resposta pessoal. Uniformize a resposta
fundamentada no subsídio do tópico II.
• Segundo a lição, o que significa doar
órgãos?
Um ato de amor.
Fonte: Lições
Bíblicas 2° trimestre de 2018, Adultos – CPAD